Mokyr utilizou fontes históricas como um meio para descobrir as causas que levaram o crescimento sustentado a se tornar a nova norma.

Aghion e Howitt também estudaram os mecanismos subjacentes ao crescimento sustentado.

Melhor qualidade de vida, saúde e bem-estar

“O trabalho dos premiados demonstra que o crescimento econômico não pode ser dado como certo. Devemos defender os mecanismos subjacentes à destruição criativa para não cairmos na estagnação”, afirmou o presidente do Comitê do Prêmio em Ciências Econômicas, John Hassler.

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A Academia lembrou que, durante os últimos dois séculos, pela primeira vez na história, “o mundo experimentou um crescimento econômico sustentado” que conseguiu “tirar um grande número de pessoas da pobreza e estabelecer as bases da nossa prosperidade”.

Nesse sentido, eles destacaram que o avanço da tecnologia é a base do “crescimento econômico sustentável, que se traduz em melhor qualidade de vida, saúde e bem-estar para as pessoas em todo o mundo”.

Embora, como eles apontam, nem sempre tenha sido assim, estagnação foi a norma durante a maior parte da história da humanidade.

E é aqui que entram em jogo os estudos dos premiados.

Joel Mokyr utilizou fontes históricas como meio para descobrir as causas que levaram o crescimento sustentado a se tornar o novo normal. Ele demonstrou que, para que as inovações se sucedam em um processo autogerado, “não precisamos apenas saber que algo funciona, mas também ter explicações científicas do porquê”, detalhou a Academia.

Isso costumava não existir antes da revolução industrial, o que dificultava o desenvolvimento a partir de novas descobertas e invenções.

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Mokyr também enfatizou a importância de a sociedade estar aberta a novas ideias e permitir a mudança.

Philippe Aghion e Peter Howitt também estudaram os mecanismos por trás do crescimento sustentado.

Em um artigo de 1992, eles construíram um modelo matemático para o que é chamado de destruição criativa: quando um produto novo e melhor entra no mercado, as empresas que vendem os produtos mais antigos saem perdendo.

“A inovação representa algo novo e, portanto, é criativa. No entanto, também é destrutiva, pois a empresa cuja tecnologia se torna obsoleta é superada pela concorrência”, refletiram desde a instituição escandinava.

De diferentes maneiras, os premiados mostram como a destruição criativa gera conflitos que devem ser gerenciados de forma construtiva. Caso contrário, a inovação será bloqueada por empresas consolidadas e grupos de interesse que correm o risco de serem prejudicados.