TST VIP

Após pressão, TST cancela locação de sala VIP para ministros em aeroporto

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JK

O TST (Tribunal Superior do Trabalho) decidiu cancelar o contrato de locação de uma sala VIP no aeroporto de Brasília por R$ 1,5 milhão.

Em nota, o presidente do TST, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, afirmou que a rescisão foi motivada pela ausência de necessidade de uso do espaço e garantiu que a decisão não causará perdas financeiras à Corte.

O contrato celebrado pela Corte dava direito a atendente exclusivo e transporte executivo entre o portão de embarque e a aeronave para evitar encontros com “pessoas mal intencionadas ou inconvenientes”.

O uso da expressão “pessoas inconvenientes” no estudo técnico também pesou no desgaste do TST. O Tribunal alegou motivos de segurança para fazer a contratação direta – ou seja, sem licitação – da Inframérica, que administra o aeroporto de Brasília.

“A forma atual dos embarques e desembarques aéreos das autoridades propicia a aproximação de indivíduos mal intencionados ou inconvenientes, o que expõem esses dignitários a riscos evitáveis”, justificou o TST no estudo preliminar técnico da obra.

Levantamentos feitos à época indicaram que os contratos de salas VIP firmados pelo TST, Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ) somavam R$ 1,6 milhão por ano.

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Detalhes do contrato

O contrato com a empresa administradora do aeroporto continha:

  • sala exclusiva de 44 m², com piso de granito, copa, banheiros e paredes de gesso;
  • valor mensal de R$ 30.000, mais R$ 2.639,70 em despesas operacionais;
  • vigência de 2 anos, com término estimado para abril de 2027;
  • serviços exclusivos para os ministros, como carro privativo, avião e funcionários do aeroporto dedicados ao atendimento.

A contratação foi feita sem licitação, com a mesma empresa que construiu as salas VIP para o público no aeroporto. O TST justificou a dispensa de licitação com base na Lei de Licitações, que permite contratações diretas para valores abaixo do limite legal.

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